Séries: American Horror Story, by FX



Por Cláudia Pereira //

A abertura de “American Horror Story” entrega a finalidade da nova aposta do Canal FX: assustar e causar repulsa em quem o assiste. Se irá obter sucesso em seus objetivos, somente o tempo dirá.


Por enquanto, a estréia no dia 05/10 foi marcada por muita expectativa. Os criadores são Ryan Murphy e Brad Falchuck , a dupla responsável pela criação da história é a mesma das famosas Glee e Nip/Tuck. Esse detalhe muito importante confere um selo de qualidade e tanto ao tão aguardado projeto.


Mas, nem tudo são flores em “American Horror Story”. Apesar de algumas cenas realmente assustadoras, o piloto pareceu correr contra o tempo. Tive a impressão de que a produção exagerou nos efeitos sonoros e visuais.


O casal Harmon resolve fugir de uma crise conjugal comprando uma nova casa num lugar bem mais pacato. Vivien Harmon (Connie Britton) sofreu um aborto e pegou o marido psicólogo traindo-a com outra mulher. Ben Harmon (Dylan McDermott) tenta se redimir da traição dando à esposa uma vida longe das antigas lembranças.


A filha Violet (Taissa Farmiga) não está nada feliz com a mudança de endereço e sofre para se adaptar ao novo ambiente. A família fica sabendo que a nova casa foi palco de um suicídio duplo e que pode vir a ser mal assombrada. Espantosamente, os novos compradores não dão a mínima para a aparência macabra da residência e a compram assim mesmo.


Este é o problema dos roteiristas, será que existe tanta gente sem noção no mundo ou os americanos são naturalmente corajosos?



Assim que se mudam, a família Harmon é submetida a diversos testes. Logo conhecem Costance (Jessica Lange), vizinha xereta e misteriosa que tem uma filha com síndrome de dawn (Jamie Brewer). A garota insiste em repetir o tempo todo uma frase bem simpática : “Vocês irão morrer”.

Acham pouco? Ainda tem mais....

Surge também um adolescente meio serial killer e suposto interesse amoroso de Violet. O namoro irá irritar o pai e colocará em cheque a fragilizada união dos Harmon.

O sucesso de “American Horror Story” vai depender muito de como os roteiristas irão lidar com os exageros da história. Não será fácil costurar o tema sinistro sem perder o foco.
O conteúdo terror erótico presente no Piloto quase estragou o que pode vir a ser uma ótima série. Não entendi a relação do conteúdo sexual com o sobrenatural.

Enfim, a ousadia gráfica abusou muito dos cortes rápidos deixando tudo muito rápido no final.

O elenco é invejável . É sempre gratificante rever uma atriz com o talento de Jessica Lange. Connie Britton e Dylan McDermott transmitem uma dose de sensualidade juntos, tornando seus papeis críveis.

A trilha é boa, o terror causa um certo desconforto, e o saldo termina sendo positivo.

Acho que “American Horror Story” tem tudo para se transformar num sucesso estrondoso. O público adora víceras, sangue e sexo. Só falta dosar tudo isso para que não caia numa bizarrice sem fim.
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