Uma viagem ã União Soviética ofereceu ao diretor do Jornal do Brasil, sr. M . F. do Nascimento Brito, a oportunidade de obter uma imagem da vida cotidiana num país que realiza a experiência socialista. É o resultado de suas observações, feitas com olhos brasileiros, que vai narrado aqui. Este retrato de vida soviética tem um ângulo em que milhões de pessoas no mundo gostariam de se situar para examiná-lo: com os olhos do homem da rua. Ele viu e julgou a vida na URSS em confronto com os padrões ocidentais.
Resenha, por Juçara Menezes //
Publicado em 1963, este livreto fez parte da biblioteca do meu pai. E por que não da minha madrasta? Porque trata-se de uma obra extremamente comunista, é praticamente um guia sobre como a vida acontecia na antiga URSS. Ao que dizem, não há muitas diferenças daquele ano para o atual.
Há inúmeras menções sobre como o sistema comunista atuava na rotina dos soviéticos, todas elas devidamente sublinhadas por meu pai, um tanto socialista que também acreditava no PT, na época de sua criação.
É visível no capítulo 'O Estado é o destino' que não nenhum indivíduo toma sua própria decisão, e sim o Estado. E se não não quer obedecer, vira marginal e caso de polícia.
Entretanto, não se pode negar que, pelo relato de Nascimento Brito, o sistema de educação e de trabalho me parece ter suas vantagens:
As crianças e adolescentes estudam e, depois, trabalham já no Ensino Médio e na Universidade. Mesmo quem não tenham'aptidões e conhecimentos, as pessoas trabalham, de um modo ou de outro. Ou seja, os cidadãos tem duas decisões: ou trabalham ou são marginais.
O resultado de tudo isso é o medo. Quem não teria? É só não se encaixar em um detalhe e lá se vai a liberdade ou a vida, dependendo da situação.
Este livreto, da Distribuidora Record de Serviços de Imprensa (RJ), faz parte da Coleção ABCDemocrático, que considero essencial para quem quer entender o psicológico e um pouco da história de um país tão, tão tão distante.
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