‘Danem-se os normais’ estará nos cinemas em 2017

Foto: Eraldo Lopes

Fabiane Morais / portal@d24am.com


Manaus - A história de superação social e financeira contada no livro recém-lançado ‘Danem-se os normais’  levará o ex-batedor de carteiras Sila Conceição para as telas do cinema. O filme deve ser exibido apenas em 2017.

O paraense de coração amazonense assinará contrato com uma produtora do Amazonas para adaptar o livro para o cinema. A produção deverá durar, aproximadamente, três anos. “Em janeiro mesmo já começam as filmagens”, disse.

“Meu sonho é passar esse filme pela primeira vez na Portugal”, revelou Sila, ao se referir à rua do bairro Japiim, onde ele chegou, em 1987, quando ainda não havia nem asfalto.

De acordo com Sila, sua vida se divide em três fases: miséria (a partir dos 7 anos), mordomia (19 aos 29 anos) e trabalho (30 aos 60). “O que eu quero com o livro e, agora, com o filme, é mostrar que nessa vida tudo é possível. Querer é poder”, declarou.

Negócios

De batedor de carteira analfabeto, Sila Conceição construiu um império de aluguéis de táxis, com sede na zona centro-sul da capital. Ele exalta Manaus por sua hospitalidade e oportunidade. Sila garante que não levaria seus empreendimentos para áreas consideradas nobres na cidade, pois o Japiim é rodeado de “bons seres humanos”. “Na elite, acabo sendo mais um. Meu mundo não é esse. Não sou um falso ‘bacana’, um falso milionário. Eu não tenho que ser visto com o que eu tenho e sim pelo que sou”, explicou, ao reforçar que no Japiim as pessoas estão perto dele.

A transformação

Questionado sobre qual foi a situação que o motivou a mudar de vida, Sila diz que pensou na possibilidade dos filhos perguntarem onde ele trabalhava e que tinha consciência de que tudo aquilo iria passar. “Não dava para ser ladrão com 40 e 50 anos de idade. Além de velho, ladrão?, nem pensar”, relembra o agora empresário.

Sila também informa que em nenhum momento pretende incentivar o crime, mas acredita que as produções literária e cinematográfica devem servir de motivação para as pessoas.  “Não foi por meio do crime que conquistei tudo o que tenho. Como batedor de carteira, conseguia apenas a sobrevivência. Você só cresce com trabalho e aquilo que economiza”, disse.
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