Crítica sobre o filme “O Lado Bom da Vida”, by David O. Russell




Por Cláudia Pereira //


“O Lado Bom da Vida”  vem sendo elogiado por ser um tipo de filme que chega ao topo graças a um roteiro simples e um ótimo elenco.

Posso estar errada, mas discordo quando dizem que essa produção é independente.

Acho que tudo nele foi criado para arrebatar público, ganhar prêmios e trazer  à  tona a velha discussão sobre a bipolaridade.

Não é que eu não tenha gostado, eu gostei. Mas não vejo nele nada de tão surpreendente assim.

“O Lado Bom da Vida”  não tem nada de excepcional.

É um filme honesto, engraçado, romântico, quase tolo.

Pat Solitano volta pra casa dos pais depois de passar uns anos numa instituição para tratamento de deficientes mentais. Pat é bipolar e tende a ser violento quando as coisas fogem ao seu controle.

Obviamente que Pat é um looser de primeira. Não tem emprego, amigos, namorada.

Vive num quarto sujo, enlameado de lembranças de um casamento fracassado.

Lá pela metade, surge a estonteante Tiffany (Jennifer Lawrence) completamente desbocada e famosa por dormir com um  grande números de pretendentes.

Esse casal pouco tradicional acaba sendo o tema principal de um roteiro bastante previsível.

Acredite, todos nós já vimos isso antes.

Mas, a grande diferença aqui é entrega da dupla principal.

Bradley Cooper apresenta sua melhor interpretação em anos.

Vejam só, fiquei verdadeiramente impressionada.

Sim, ele continua canastrão, bonito e sexy.

E sim, ele fica pequeno, pequeno, quando entra em cena a talentosíssima Jennifer Lawrence.

Impressionante o talento para ofuscar que essa moça tem.

É dela a melhor cena do filme, aliás, ela faz valer todos os minutos de projeção.



A crítica acredita  que Robert de Niro voltou a atuar. Não acho.

De Niro virou um ator que vive de glórias do passado.

Um senhor que atua sem alma, sem entrega.

Vale lembrar que a direção é de David O. Russell, o que para mim não significa muita coisa.

Acabou,  não tem nenhum mistério ou milagre.

“O Lado Bom da Vida”   é basicamente só isso.

Um filme feito para românticos que adoram um clichê.
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