"O Lado Bom da Vida” vem sendo elogiado por ser um tipo de filme que chega ao topo graças a um roteiro simples e um ótimo elenco.
Posso estar errada, mas discordo quando dizem que essa produção é independente.
Acho que tudo nele foi criado para arrebatar público, ganhar prêmios e trazer à tona a velha discussão sobre a bipolaridade.
Não é que eu não tenha gostado, eu gostei. Mas não vejo nele nada de tão surpreendente assim.
“O Lado Bom da Vida” não tem nada de excepcional.
É um filme honesto, engraçado, romântico, quase tolo.
Pat Solitano volta pra casa dos pais depois de passar uns anos numa instituição para tratamento de deficientes mentais. Pat é bipolar e tende a ser violento quando as coisas fogem ao seu controle.
Obviamente que Pat é um looser de primeira. Não tem emprego, amigos, namorada.
Vive num quarto sujo, enlameado de lembranças de um casamento fracassado.
Lá pela metade, surge a estonteante Tiffany (Jennifer Lawrence) completamente desbocada e famosa por dormir com um grande números de pretendentes.
Esse casal pouco tradicional acaba sendo o tema principal de um roteiro bastante previsível.
Acredite, todos nós já vimos isso antes.
Mas, a grande diferença aqui é entrega da dupla principal.
Bradley Cooper apresenta sua melhor interpretação em anos.
Vejam só, fiquei verdadeiramente impressionada.
Sim, ele continua canastrão, bonito e sexy.
E sim, ele fica pequeno, pequeno, quando entra em cena a talentosíssima Jennifer Lawrence.
Impressionante o talento para ofuscar que essa moça tem.
É dela a melhor cena do filme, aliás, ela faz valer todos os minutos de projeção.
A crítica acredita que Robert de Niro voltou a atuar. Não acho.
De Niro virou um ator que vive de glórias do passado.
Um senhor que atua sem alma, sem entrega.
Vale lembrar que a direção é de David O. Russell, o que para mim não significa muita coisa.
Acabou, não tem nenhum mistério ou milagre.
“O Lado Bom da Vida” é basicamente só isso.
Um filme feito para românticos que adoram um clichê.
Por Cláudia Pereira //
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