Pequena Amanda, ou o Bebê Flinstone

Ou O amor da vida de mamãe – parte 2



Por Juçara Menezes //

Continuando a saga da história de Amanda, ela tinha 10 meses quando começou a andar. É com muito orgulho que exibo esta foto aí de cima, quando tentávamos ajudá-la (tolo ensaio, a menina já sabia).

Enquanto ela só engatinhava, não tínhamos muito a temer, mas a pequena aprendeu os passinhos rápido e logo saia correndo. Preocupados, compramos um andajar na nova tentativa de termos algum controle.

PRA QUE, MEU DEUS?

Na primeira vez que a colocamos no bendito, ela brincou rapidamente com os bichinhos que vieram dependurados e quebrou quase todos, e deixou pra lá. Isso na manhã do primeiro dia.

Saí e a deixei com a Verinha, a melhor babá e secretária de todos os tempos. Quando voltei, Amandinha estava suja, com a mesma fralda, mas feliz e saltitante. A pequena não quis sair do brinquedo de jeito nenhum, nem pra comer.

De posse de meus direitos maternos, arranquei a criança do andajar. Com sua incrível capacidade de se contorcer, a pequena se mexia e dava pontapés e socos no ar, igualzinho àqueles bebês de desenho animado. “Me solta! Alguém me ajude! Isto é um abuso de autoridade! Estou indo contra minha vontade! Help!”

Dei banho, troquei a fralda, alimentei e conversei com ela. “Olha, minha filha, isso num pode ser assim. Você não pode ficar o dia inteiro lá sem ao menos tomar banho”. Ela fez bico e depois deu uma gargalhada. Como a gente faz com aquele sorrisinho quase sem dentes da coisa mais fofa do mundo?

Mas não vamos perder o foco.

Na casa da mamãe tem um espaço de sala de jantar e cozinha, separados por uma parede, mas não fechando os ambientes. Logo, há espaço disponível para qualquer um circular, ou qualquer coisa.

No dia seguinte, ela me apronta outra.

Lembram de como o Fred Flinstone aciona o carro para andar? Pois é...

Ela dava um superimpulso, levantava os pisantes e ploft! Batia na grade, feliz da vida, enquanto eu ficava louca achando que ela arrebentar a cabeça ou qualquer outra parte! Arfe!

Eu ficava louca! Vai que a menina bate a cabeça, machuca e fica com um problema grave? Minha filha, minha única filha...

Mas ela ficava tão feliz fazendo isso, e mais feliz vendo meu pânico, que aí ela corria mesmo!
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