Queda nas vendas e menos sujeira no centro de Manaus após a enchente


MANAUS – Depois da cheia do rio Negro, que atingiu o Centro da capital amazonense, a área está  mais limpa. A  queda na quantidade de consumidores pode ter contribuído com a higiene do local.  Ainda assim, é possível encontrar lixo no chão,  sacolas de plástico rasgadas e restos de comida. Para o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra, a diminuição do lixo está associadaà queda nas vendas do comércio, especialmente durante a subida das águas do rio Negro.
O presidente explica que mais de 230 lojas foram afetadas pela cheia. O resultado foi o afastamento da população que frequenta o centro.  “A quantidade de lixo nas vias é proporcional às pessoas presentes no Centro, tanto da área comercial quanto do público consumidor”.
Outro fator apontado por Bicharra foi a conscientização dos empreendedores do Centro. Os comerciários e camelôs agora alocam o lixo de forma mais higiênica, guardando as sobras inclusive em caixas de papelão.
O vendedor ambulante Joelson Rodrigues discorda do presidente da ACA. Ele afirma não perceber diferença de limpeza nas vias, especialmente na Rua Marechal Deodoro, onde o camelô tem sua banca.  “O lixo continua se acumulando em vários cantos. É preciso maior conscientização, tanto de quem trabalha e vive no Centro quanto de quem o visita”, declarou.
Corredores com camelôs, no Centro de Manaus. Foto: Juçara Menezes/Portal Amazônia
Corredores com camelôs, no Centro de Manaus. Foto: Juçara Menezes/Portal Amazônia
Assim que foi registrado o início da vazante das águas do rio Negro, a equipe de limpeza da Secretaria Municipal de Limpeza Publica (Semulsp), foi reforçada. De acordo com a assessoria, mais de 90 trabalhadores foram concentrados no local. Os profissionais atuam no programa SOS Enchente, lançado pela Prefeitura de Manaus no dia 8 de maio, para atender os efeitos da maior cheia dos últimos 100 anos.
Ratos e baratas
De acordo com os comerciantes locais, alguns problemas persistem, como presença de ratos e baratas.  Eles saem das caixas de esgoto, principalmente perto dos bares localizados nas proximidades do Relógio da Matriz.  “Esses bares no meio da rua, além de tirar a fluidez do trânsito, ainda emporcalham o local, trazendo ratos e baratas. Essa área nas proximidades da matriz poderia ser muito bonita, se fosse revitalizada”, diz a comerciante Antônia Dias.
Para o gerente da lanchonete Baita Burguer, Antonio Silva, os ratos ‘sumiram’ da parte central da cidade quando as águas começaram a subir. “Tivemos a impressão de debandada dos  bichos. Agora só os vemos no período noturno e muito rapidamente”, explicou.
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