Série “The Following”, by Kevin Williamson



Por Cláudia Pereira // 

“The Following” chegou com a promessa de trazer algo de diferente para as séries de televisão.

A jogada de marketing foi genial e explorou o potencial da história com muitas cenas sanguinolentas.

Como sou naturalmente curiosa, me antecipei ao Canal Fox e assisti de uma vez só aos quatro episódios.

Ainda não  sei se o roteiro irá trazer algo de novo ou se vai continuar subestimando a inteligência do espectador.

Quem já viu alguma coisa do Kevin Williamson sabe que o cara é meio doentio e que adora  violência gratuita.

Aqui não é diferente.

Ele usa e abusa de todos os clichês do gênero e por pouco, não vira uma piada repetida de tudo que já criou.

Ryan Hardy (Kevin Bacon)  ex-detetive responsável por ter capturado um serial killer,  virou um alcoólatra ao ter sido mandado embora da polícia.

Depois de anos de afastamento, é chamado à ativa após a fuga do assassino serial.

Joe Carroll (James Purefoy) é um professor genial, fã confesso de Edgar Alan Poe e que recruta fãs para continuarem sua obra macabra.



Aliás, a melhor coisa da série acaba sendo o serial killer  pra lá de cativante.

James Purefoy interpreta com muito charme o mentor intelectual e realizador de grande parte dos assassinatos.

Kevin Bacon volta a ser...Kevin Bacon. Ele tem cara de depressivo mesmo. Sei lá, isso não pode ser chamado de interpretação, pode?

Fiquei realmente espantada  com a falta de inteligência de todos os envolvidos na investigação.

Tem que ter algo de errado quando nós, meros voyeurs  cinematográficos, estamos um passo à frente do roteiro.

Espero que Williamson resolva urgentemente os fios soltos antes que o caldo desande de vez.

E por favor, parem de colocar aquela velha canção  Sweet Dreams do Marilyn Manson para criar efeito.

De todos os clichês, esse é o mais imperdoável.

Apesar de tudo, me arrisco a dizer que existe um potencial por baixo dessa pompa toda.

Vamos torcer para que a série supere os erros primários.

Por enquanto, é apenas um entretenimento razoável.

Nada que cause espanto em quem já assistiu ao impecável “Luther” de Idris Elba.

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