Por Cláudia Pereira //
“All is Lost” é o novo projeto de Robet Redford.
Dirigido pelo competente J.C. Chandor, o filme narra a luta de um experiente navegador (Robert Redford) à deriva no mar.
Após ter seu veleiro atingido por um contâiner, o velejador tentará sobreviver em meio à completa destruição do seu barco.
Tempestades, ventanias, tudo irá conspirar para tornar a sobrevivência ainda mais difícil.
Um aviso ao espectador mais desavisado: Não há diálogos.
O solitário sobrevivente passa todos os minutos de projeção sem dar uma palavra.
Seu único companheiro é o mar perigoso, que parece querer pôr a prova sua coragem e inteligência.
Robert Redford está magnífico no papel do velejador.
Mas nem sua interpretação consegue salvar o filme de uma certa apatia.
Falta algo que se torna claro no final.
Não há como sentir empatia nenhuma com o personagem, já que não sabemos absolutamente nada sobre sua vida.
E sem essa fagulha de interesse, não existem motivos para sermos incomodados em nosso ato de assistir.
Tudo acaba sendo tão mecânico quanto os efeito especiais.
Bem filmado e dirigido, “All is Lost” padece de algo mais.
Nem a extrema coragem de Redford em filmar num cenário tão perverso, é capaz de dar humanidade ao
seu personagem.
O destino do velejador termina por nos soar indiferente.
Nem bom ou ruim.
Apenas uma produção apática.
Robert Redford mostra-se insuficiente para salvar o filme do verdadeiro naufrágio.
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