“Invencível”, by Angelina Jolie



Cometi ontem o primeiro desatino de 2015.

Fui assistir “Invencível”,  novo filme arrasa quarteirão de Angelina Jolie.

Foram mais de duas horas de tormento em celulóide.

Juro, não dá pra descrever meus sentimentos em relação à essa produção mega estrelar.

Yeah, sou uma dessas que acham que Angelina deveria se contentar em ser apenas mãe.

Porque atriz tb nunca foi.

Sempre achei suas interpretações canhestras, datadas e previsíveis.

Fiquei deveras aliviada quando ela declarou que iria se dedicar a ficar atrás das câmeras.

Até ousei imaginar que talvez a senhora Pitt tivesse algum talento para empunhar um aparelho tão pesado e importante.

Que nada, tenho a nítida impressão que tudo não passa de um capricho  tolo.

Pois a moça conseguiu detonar  uma história com um potencial dramático enorme.

Pois eu lhes digo, os dólares gastos nessa megalomania fariam falta na África.

Louis Zamperini (Jack O’Connel) é um medalhista olímpico que vai servir na Segunda Guerra Mundial.

Durante uma missão com outros soldados, seu avião é atingido  e cai no meio do oceano.

Foram 45 dias à deriva.

O que para o espectador dura uma eternidade.

Segue-se um blá blá blá interminável que lembra muito os famosos folhetins globais.

Mas o pior ainda estaria por acontecer.

Eles acabam capturados pelos japoneses e vão parar numa pavorosa prisão.

Zamperini vira prisioneiro de guerra, sendo perseguido por um superior (Miyavi)que o humilha sempre que possível.

E tome surra, socos, gritarias.



Em certos momentos eu até torci para que o japonês finalizasse logo tudo de forma bem indolor.

Que nada, Dona Pitt segue fazendo do seu herói um saco de pancada  bastante resistente.

Eu gostaria muito de entregar o final do filme, mas não farei até porque nem preciso.

Todo mundo sabe que Zamperini sobreviveu pra contar sua história e virar um herói nacional.

Vcs acham mesmo que Angel iria perder a oportunidade de posar de Spielberg de saias?

Pra ser sincera, tenho certeza que esse filme nas mãos de cara do ET seria menos insípido.

A produção  é repleta de todos os clichês possíveis.

Tudo armado pra fazer o espectador se emocionar.

Em vão, a película não consegue passar nenhuma autenticidade.

Não dá pra apertar um botão e fazer emoções brotarem imediatamente.

Esse foi um dos grandes erros da esnobe diretora.

Ela subestimou seu público, mas no final das contas, quem se importa?

A bilheteria anda bem satisfatória lá pela terra do Tio Sam.

Ok, os fãs irão reclamar, dirão que estou com inveja, que sou chata.

Sou chata, mas não invejo nem um pouco o glamour falseado dessa senhora.

Pelo jeito não sou a única a ter percebido a mediocridade  do blockbuster.

Não foi a toa que a academia ignorou essa produção medíocre.

Nem a presença dos Irmãos Coen como roteiristas conseguiu salvar o naufrágio anunciado.

A única coisa admirável acaba sendo a ótima interpretação de Jack O’Connel.

O mesmo não posso dizer sobre Miyavi.

O popstar japonês não transmite nada.

Seu rímel borra logo na primeira cena.

Sinto muito se pareço debochada.

Mas “Invencível”  não é mesmo para ser levado a sério.

Angelina Jolie que me desculpe, mas Jennifer Aniston deve tá dando suaves risadas de vingança.

Bem feito.
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