Eu, com o balão na boca. Foto: Arquivo da família
O que você quer ser quando crescer é uma pergunta realmente pertinente, se você já tem mais de 15 anos. Quando criança, quis ser muita coisa e um pouco de tudo. Mudar o mundo com uma atitude minha era uma das favoritas.
Por exemplo. Quando criança, queria ser ambientalista. Queria que todos entendessem que a água é um recurso findável e quanto menos a gente gastar, mais tempo viveremos na Terra. Não deu, mas estou vingada: hoje todo mundo sabe disso (se fazem algo ou não é outra história).
Também quis ser pianista. Não porque ganharia dinheiro com música, mas as pessoas pagariam para me ver dedilhar aquelas incríveis e complicadas notas de Bach. Desisti porque além de não saber onde arranjar aulas de piano na época, um instrumento deste tamanho não caberia na minha sala.
Outra coisa que me passou pela cabeça era fazer parte de uma banda mundialmente famosa. Todos me conheceriam, meu rosto estaria em outdoors e peças publicitárias, e eu ainda ia ser rica. Cancela: tenho medo de avião e a comida a bordo é um horror.
Pensei também na Fórmula 1. A primeira mulher a pilotar um carro de corrida na categoria mais importante do mundo da velocidade. Não por causa do dinheiro ou pela glória. E sim por saber que milhões de brasileiros acordariam no domingo e ligariam a TV para torcer por mim. Eu seria um grande exemplo de superação. "Oras, se ela pode, por que não eu?!", e o povo seria menos apático e mais tentado a realizar seus sonhos... Essa ideia também foi por água abaixo: até hoje não sei dirigir.
Percebi então que o único modo de ser escritora seria ser jornalista (quem não tem cão...) e hoje sou feliz na profissão que escolhi. É pena que o STJ não compartilhe da meu orgulho, mas deixa pra lá.
Ainda não cresci, continuo jogando feito louca e escrevo no blog de vez em quando. Aliás, o Pulga é uma boa maneira de me manter com 7 anos de novo...
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