O amor da vida de mamãe – parte 1


Por Juçara Menezes //

A nostalgia é uma constante em minha vida. Às vezes creio que até mais do que deveria ou como fazem a maioria dos mortais. Sempre escrevo aqui coisas de minha infância, mas vamos fazer diferente.

Neste último sábado, dia 17 de julho, minha filha faz 13 anos. Sim, treze... mas já?? Comoassim?

Acho melhor fazer um pequeno retrospecto, dedicando esta semana para as aventuras da Amanda Louise.

Na noite do dia 16 para o 17 de julho 1997, dormi numa cama ortopédica e foi uma noite realmente ruim. Então, na manhã do dito dia, eu sentia dores, mas jurava que era o incômodo noturno. Até que começaram as contrações. Calmamente, avisei à família...

Mamãe ficou louca, mas precisava trabalhar, então chamou meu pai.

Papai ficou louco e me levou a uma maternidade. Lá, não fui atendida por falta de luz, apesar da minha vontade de dar. Foi na época em que havia energia durante três horas e faltava no restante.

Chegamos ao Hospital Santa Rita. E meu pai lá, me falando: “Calma, vai dar tudo certo, tá?”. Estava tão tranquila que tive que acalmá-lo.

E no momento do exame...

Parteira – A abertura está em quatro dedos...

Eu – É pra hoje, senhora?

Parteira – É pra agora, minha filha!

Eu – Mas eu num tô sentindo dor...

Me ferrei. Fui parar em uma sala cheia de grávidas, algumas chorando, outras gemendo e todas nervosas. Só eu ainda tentava fazer piada.

Acabado o soro, fui atrás da parteira e expliquei que a dor aumentou um pouquinho, mas que era perfeitamente tolerável. Mais um exame e fomos direto para a sala de parto.

Três esforços depois, Amanda é colocada no meu colo. Chorei de emoção, simples assim. E depois chorei e fiquei desesperada porque a levaram para outra sala, afinal era a época de sequestros de bebês.

Fomos levadas ao quarto das mamães e novos filhotes. Mamãe, papai e uma tia que-não-vale-a-pena foram conhecer o novo membro da família.

Aí, ela abriu os olhos...

Papai – Ela olhou pra mim, tá vendo? Num foi pra nenhuma de vocês não. Foi pra mim! Hahahahahahaha!

Tive certeza que, deste instante em diante, eu estava frita...
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1 Comentários:

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Elton Tavares
Administrador
19 de julho de 2010 às 22:25 ×

Adoro este tipo de relato, gosto mais ainda quando é bem escrito, com doses de humor e "auto ironia" (risos). Parabéns para a sua filhota e para você Jú.

Elton Tavares
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