Por Juçara Menezes //
Estive aqui pensando com meus botecos (que botões nunca respondem) sobre as chuvas em Manaus. Elas estão cada vez mais raras, tal qual aquelas árvores centenárias que a gente via no meio do centrão da capital...
Pois bem, quase um mês no calor dos ínferos, eis que a manhã nos foi brindada com chuva! Uma chuva um tanto rápida, mas deu pra trazer um frio pros meus pés e um acalanto para as gatas, que pararam de brigar um pouco.
Aí me vem a pergunta: a chuva lava mesmo a alma? Eu num sei mais... Porém, quando eu era criança, a primeira coisa que fazia na chuva era sair correndo pela rua (na época, não havia tantos carros e bem menos violência).
Certa vez, correndo e pulando pela avenida, eu caí dentro de uma vala, de um esgoto (não me perguntem como). Num liguei pro vexame, meu problema era sair dali!!
Gente, fiquei com água até o pescoço e agora me lembro bem daquelas centenas de pequenas pedras querendo entrar no meu olho de qualquer jeito! Benzidotrêsvezeserezatrêspai-nossos!!!
Depois que saí (também não me pergunte como), passei quase uma hora sendo esfregada pela minha mãe... Diz a lenda ser esta a razão de ser menos branca que os irmãos, com cabelos e olhos mais escuros...
O importante é saber que, depois dessa, a chuva não lava mais esta alma... Sedenta de calor e de água quente!!
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