Nosso dia em mim, por Cláudia Pereira


Por Cláudia Pereira //  Autora do Blog Divã do Eu // 

Hoje, eu quero fazer diferente. Vou começar essa cartinha tentando te explicar porque te amo tanto.

Eu te amo tanto, mas tanto, que nem ligo para os teus esquecimentos eternos. Luz ligada, porta da geladeira aberta, microondas ligado, luz acesa, porta destrancada e por aí vai.

Eu brigo, xingo, mas depois logo passa porque sei que você  é ainda uma criança e  apesar de tudo...eu não sei ter raiva dessa coisa fofa que você  é!

Eu te amo. Tem tanta coisa que me encanta em você.

Tem o jeito delicioso de andar. Os ombros caídos. As pernas frágeis. O joelho que dói sempre. Tanto faz. Quando você  sobe as escadas daquele jeito sensual, eu fico aos teus pés e te juro... penso coisas incríveis porque acho sexy demais.

E a forma como você sai do banheiro de toalha? Sempre te observo enxugando os cabelos. A toalha caindo lentamente pelas curvas sensuais. As pernas molhadas. Tudo...tudo...me leva ao céu. Jamais pense que não olho, porque olho e fotografo cada segundo desse ritual.

Tem o jeito estranho como queres ler quase no escuro. A tv ligada. Eu deitada. E você  liga a luz pequena e fica jogando palavra cruzada ou lendo aquele interminável livro do Woody Allen...  Você  diz “é romântico”. Também  acho. Mas só é romântico porque é com você.

Tem o jeito manhoso que sempre dá boa noite e bom dia. E o beijo meigo que me acalma a alma. Nesse momento, eu não dou a mínima se chove ou se faz sol. Tudo o que quero é ter a certeza que isso será eterno.

Tem o jeito como você  faz a macarronada. Sempre deixando bem suculenta porque assim eu prefiro. Você  nem liga para o fato de eu sempre reclamar da bagunça da cozinha. Mesmo sendo chata você  me mima.. me mima... porque me ama.

Tem a forma implicante que você  acaricia nossa gata e reclama da loucura dela. Ela te arranha. Te morde. Você se magoa,  mas não liga porque a ama de qualquer jeito.

Tem o jeito adorável como acha graça dos filmes mais tolos do mundo e nem liga se são bons ou não. Você  simplesmente se permite rir da maneira mais gostosa que conheço.

Quando isso acontece eu também rio porque faz parte de uma comoção de sentimentos... entende?

Tem ainda o jeito bacana como você  mexe no computador enquanto eu escuto as músicas barulhentas que adoro. Como você consegue? Tem algum dispositivo que desliga ou faz isso porque é a melhor companheira que pude ter em 45 anos de vida?

Tem o jeito engraçado como implica com o meu irmão e o chama de bobão. Só para depois fazer uma comidinha especialmente pra ele elogiar.

Tem os cabelos molhados com cheiro de xampu que adoro cheirar. As mãos finas e rápidas que sempre tocam no lugar certo. Tem o vai e vem das coxas na madrugada de surpresa. Tem aquele olhar lindo de amor que recebo quando chego e saio de casa.

Tanta coisa. Ainda não acabou. Tem mais.

Eu te amo porque és todinha linda.

Essa sobrancelha espessa e sempre tão bem delineada. Os olhos profundamente negros que se espremem entre os cílios teimosos. A boca carnuda cheia de pecado e desejo. O pulso forte de quem comanda sem fazer alarde. O sorriso esperto da eterna ingenuidade. A voz de menina ainda na puberdade.

Essa parte rimou. Vai ver que é porque eu estou emocionada o suficiente para chorar.

Você  é assim. Me deixa tão feliz que eu esqueço dos problemas banais da vida.

O cotidiano ao teu lado é feliz. Imensamente agradável. Completo.

Um domingo, um sábado, uma segunda-feira. Uma vida inteira para desfrutar desse amor enorme que nos une.

Grande. Poderoso. Como uma chuva que molha o jardim e que se instala para sempre nesse meu olhar de devoção para ti.

Te Sanduíche de queijo.
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