Aumento da população é o maior vilão do meio ambiente


Sempre tive na cabeça que o grande problema da Humanidade é ela própria. Meus cálculos são muito simples: quanto mais gente no mundo, mais recursos naturais são necessários e mais lixo o povo produz. Ora, sou tão convicta disso que só tive uma filha, apesar de querer mais um menino.

Eis que, em minhas conversas por aí, já escutei diversas teorias contrárias à minha. Uma delas é de que o povo está tendo menos cunhantãs. Duvido muito. Nunca consigo engolir essa: é só passar por uma área mais pobre e contar, com todas as 30 mãos possíveis, quantos curumins estão espalhados pelas ruas.

Finalmente, nesta quinta-feira, falei com alguém que entende do assunto, de verdade. Sem titubear, o presidente do Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN), Rogério Iório, falou sem que eu perguntasse: O aumento da população é, sim, o maior problema da Natureza (vide minha matéria no Portal Amazônia).

A conta é bem simples. Em 1500, ano da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, a população de não-índios era zero. Já em 1970, chegamos a 90 milhões e, em 2010, dobramos este número. A consequência é a poluição do solo, das águas dos igarapés e rios e da precariedade na saúde pública. A falta de saneamento básico agrava a poluição dos lençóis freáticos causada pelo descarte inadequado do lixo. Resultado: índice de 70% dos leitos de hospitais ocupados em todo o País (isso me lembrou do meu amigo Robson Franco...).

Ora, vamos combinar que o necessário não é apenas multiplicar os pobres (os maiores produtores), mas também ajudar a educar a população! É um absurdo o Amazonas, detentora de quase 10% de toda água potável do MUNDO, não ter um igarapé limpo pra gente banhar-se!

Hoje é o dia da Terra e, pra variar, nada temos a celebrar... Vou continuar fazendo minhas coisinhas pequenas, daquelas 15 eco-dicas que já postei aqui. O resto é com vocês e por favor:

NÃO ME DECEPCIONEM!!



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